Nunca reagi muito bem às mudanças. Como tenho problemas de ansiedade, quanto mais estável estiver a vida, melhor… Acontece que há mudança que, mais cedo ou mais tarde têm de acontecer.
Eu demoro muito tempo a adaptar-me. A aceitar a nova rotina. A criar um novo hábito.
A minha casinha de bonecas, como o L. lhe chama por ser pequenina, continua à minha espera.
De vez em quando fico lá, mas durante a semana sinto uma grande dificuldade.
Durante o mês de Julho tive uma enorme vontade de ficar lá, mas tive problemas de televisão e internet e preferi não ficar, porque teria muito mais oportunidade para pensar no que não devia.
Agora já está tudo resolvido.
Quero voltar a tentar.
Quero ser capaz.
Quero dar o passo.
Se eu conseguisse, seria uma enorme vitória para mim…
Espero trazer novidades boas e positivas em breve!
Tenho noção que não dou o valor suficiente a mim mesma. Nunca dei.
Há dias melhores e há dias piores.
Mas fico a pensar…
Podemos ter poucas pessoas na nossa vida. O importante é termos as essenciais connosco…
E fico a pensar quando mais do que uma pessoa me diz que sou o seu anjo da guarda… Como assim é possível que alguém me dê tamanha importância na sua vida?!...
O anjo da guarda protege, aconselha, está 24h/24h connosco…
Sou católica e dou-lhe grande significado… O meu anjo da guarda é como um passarinho que anda no meu ombro todo o dia e me vai dizendo para virar à esquerda ou à direita… É “alguém” em quem confio muito, ainda que no dia-a-dia não pense nisso conscientemente.
Como assim assemelharem-me a um anjo da guarda?
Eu sou assim tão importante e tão especial?
Acabou de acontecer (este post é agendado) e eu estou de lágrima no olho…
Precisei imediatamente de vir escrever sobre isto.
Eu continuo a dizer que a vida sabe sempre o que faz…
Já aqui referi que a psicologia passou a ser um grande sonho no meu 12º ano, com o melhor professor de sempre… Mas a vida impediu-me de seguir esse caminho. Não tinha de ser… Agora é a educação de infância que ocupa os meus dias e descobri que é algo que também gosto muito e onde também tenho de aplicar muita psicologia infantil (que seria o ramo da psicologia que eu ia escolher, caso o sonho seguisse em frente). Concluo assim, que estou a fazer duas coisas que gosto…
Aliado a isto e com tudo o que aprendi no último ano acerca de mim mesma, com a ajuda das minhas psicólogas (que já deixei, mas que foram muito úteis), considero que aprendi com elas muito para mim e que com isso também consigo ajudar os outros e isso deixa-me muito feliz.
São 09:46h da manhã e já dei uma “consulta de psicologia” a uma amiga minha!... Sinto-me bem quando percebo que há alguém que está a precisar de mim, que está a precisar de ser puxado do fundo do poço e que eu o consigo ajudar… Sinto-me tão, mas tão bem…
Sinto que estou a ser útil, sinto que estou a fazer uma coisa que gosto (embora não tenha formação nenhuma nisso. Apenas a minha experiência de vida), sinto que estou a ajudar…
O sentimento é muito gratificante…
No fundo, estamos aqui uns para os outros… Precisamos uns dos outros…
E eu estou a dar a mão, como sempre me conheci a fazê-lo… Agora melhor ainda, dado o meu crescimento pessoal…
As mãos são para ser dadas…
Os abraços são para ser dados…
Sem nada em troca. Apenas o sentimento de que fiz uma boa ação e que isso, além de me deixar feliz, fez bem ao outro!...